Meditação Matinal de Ellen White – Nossa Alta Vocação, 1962.
29 de novembro – Pág. 337 – Vendo o Invisível
Pela fé, Moisés, quando já homem feito, recusou ser chamado filho da filha de Faraó. Pela fé, ele abandonou o Egito, não ficando amedrontado com a cólera do rei; antes, permaneceu firme como quem vê Aquele que é invisível. Hebreus 11:24 e 17.
Moisés… vivia como vendo Aquele que é invisível, e foi portanto capaz de considerar os sofrimentos de Cristo maiores riquezas que os tesouros do Egito. Caso os homens vissem assim, veríamos seus rostos iluminados pela glória de Deus; pois estariam vendo a glória do eterno, e pela contemplação seriam transformados à imagem de Cristo.
Nosso espírito toma o nível daquilo em que nossos pensamentos se demoram, e se pensamos em coisas terrenas, deixaremos de receber a marca do celestial. Seríamos grandemente beneficiados por contemplar a misericórdia, a bondade e o amor de Deus; mas sofremos grande perda por deter-nos nas coisas terrenas e temporais. Permitimos que a aflição e o cuidado e a perplexidade nos atraiam a mente à Terra, e fazemos com que um montinho de terra tome as proporções de uma montanha. … As coisas temporais não devem… absorver nossa mente a ponto de nossos pensamentos serem inteiramente da Terra e do terreno. Cumpre-nos exercitar, disciplinar e educar a mente de maneira que pensemos no sentido espiritual, para que nos detenhamos nas coisas invisíveis e eternas, que se discernirão por meio de visão espiritual. É vendo Aquele que é invisível que podemos obter força mental e vigor espiritual. …
Em qualquer lugar a que sejamos chamados pela providência de Deus, podemos esperar confiantemente que Deus será nosso ajudador. Não devemos ser um objeto das circunstâncias, mas estar acima delas. … Quando colocados em posições difíceis, e achamos ao nosso redor coisas de que não gostamos, que nos provam a paciência e a fé, não devemos sucumbir no desânimo, mas apegar-nos mais firmemente a Deus, e provar que não estamos pondo a afeição nas coisas da Terra, mas nas de cima; que estamos olhando a Jesus, autor e consumador de nossa fé. Jesus deve ser o princípio e o fim, o primeiro e o último. Ele deve ser a nossa força em todo tempo de provação. Signs of the Times, 9 de janeiro de 1893.