Meditação Matinal de Ellen White – Nossa Alta Vocação, 1962.
5 de novembro – Pág. 313 – Deus Fala pelo Silêncio
Eu, João, que também sou vosso irmão e companheiro na aflição, e no Reino, e na paciência de Jesus Cristo, estava na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus e pelo testemunho de Jesus Cristo. Apoc. 1:9.
Permitindo que João fosse banido para a Ilha de Patmos, Cristo colocou Seu discípulo em situação de receber a mais preciosa verdade para iluminação das igrejas. Pô-lo em solitude, para que seu ouvido e coração fossem santificados para receber esta verdade. … A perseguição dos inimigos de João tornou-se um meio da graça. Patmos resplandeceu à glória de um Salvador ressuscitado. … Que sábado foi aquele para o solitário exilado! … Nunca aprendera ele tanto de Jesus. Nunca ouvira tão exaltada verdade.
O obreiro de Deus considera muitas vezes as atividades da vida essenciais ao progresso da obra. Mistura-se o eu a tudo quanto é dito e feito. … O obreiro se considera uma necessidade. Deus diz: “Esta pobre alma Me perdeu de vista e à Minha suficiência. Preciso pôr Minha luz e Meu poder vitalizador em seu coração. Preciso prepará-lo para receber a verdade ungindo-o com o colírio celeste. Ele vê coisas demais. Não tem os olhos fixos em Mim, seu Senhor e Redentor.”
Por vezes o Senhor abre caminho para a alma por um processo penoso à humanidade. É compelido a fortificá-la contra a presunção e a independência, a fim de o obreiro não considerar como virtudes as faltas e enfermidades de sua natureza não santificada, arruinando-se assim pela exaltação.
Se os que professam crer nas grandes verdades para este tempo se preparassem examinando as Escrituras, orando fervorosamente, e exercitando a fé, colocar-se-iam em posição em que poderiam receber a luz que tanto ambicionam. … A eloqüência do silêncio diante de Deus é muitas vezes essencial. … Se a mente é mantida em contínua agitação, o ouvido é impedido de ouvir a verdade que o Senhor quer comunicar a Seus crentes. Cristo tira Seus filhos daquilo que lhes prende a atenção, a fim de que contemplem Sua glória. Manuscrito 94, 1897.
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