Comentário da Lição da Escola Sabatina 2024 / Lição 13 – O triunfo do amor de Deus

Sábado – Abertura.

O triunfo do amor de Deus. Que título bonito! Fico triste porque estamos encerrando a Lição, mas feliz por encerrá-la com um título tão significativo. Significativo e provocativo! Esse título nos provoca a ver o futuro não tanto pelo olhar de um pecador arrependido que aguarda há anos a segunda vinda de Cristo, mas a olhar sob a ótica de Deus, que desde a eternidade passada aguarda o Dia em que o pecado não mais afetará nenhuma de Suas criaturas.

Deus venceu! A verdade venceu! O amor superou tudo o que conhecemos como “o grande conflito”, e venceu!

Estamos encerrando um trimestre em que tivemos histórias de mártires da Reforma e muita profecia. E profecia, convenhamos, é um assunto interessante. Primeiramente porque a História confirmou o que havia sido dito antes dos acontecimentos. A matemática nas datas foi exata, e a interpretação histórica foi coerente. E assim, segundamente, temos a garantia de que o restinho que ainda falta vai acontecer também. Deus foi fiel até agora, e continuará sendo até o fim. O que Ele disse que vai acontecer, vai acontecer.

E o que ainda falta acontecer? Vocês sabem o que é? Estão preparados para os momentos proféticos restantes? Me acompanhem…

[Hoje é 22 de junho. Leia uma Meditação Matinal de Ellen White – clique aqui]

Domingo – Esperança no tempo de angústia.

Pouco antes da segunda vinda de Cristo, o inimigo vai usar sua força máxima. Como foi nos dias de Noé, e de Sodoma e Gomorra, e da destruição de Jerusalém, pior ainda será nos últimos dias.

Apocalipse 16 diz que serão derramadas as sete últimas pragas. O evangelho terá sido pregado, e todos tomaram suas decisões. Os anjos de Deus são então autorizados a soltar os quatro ventos; e o Espírito Santo Se retira dos que não aceitaram ser guiados por Ele.

Irmãos, é para esse momento profético que agora nós devemos nos preparar. Dediquem tempo para conhecer os detalhes desse tempo – tempo que a Bíblia chama de “tempo de angústia” – angústia jamais experimentada na História da humanidade. Ela vai recair sobre os ímpios. Eles vão pedir para que os montes e rochedos caiam sobre eles. Eles vão pedir para morrer! Mas os fiéis vão ser protegidos por Deus. O Espírito Santo não vai deixá-los sozinhos no momento mais escuro da humanidade. E isso nós precisamos aprender agora. Precisamos estar convictos agora.

ESPERANÇA” no tempo de angústia – eis mais um título especial. Graças a Deus, a nossa redenção se aproxima. “Logo vem a negra noite, e a manhã trará o brilho da face do meu Senhor”.

[As perguntas 2 e 3 são ótimas. Vale a pena considerá-las com a Classe].

[Hoje é 23 de junho. Leia uma Meditação Matinal de Ellen White – clique aqui]

Segunda – Esperança do breve retorno de Jesus.

O tempo do pecado termina. Basta. Acabou. Jesus vem em majestade e glória. Finalmente, depois de ter ido preparar-nos um lugar, vem outra vez para nos levar, para que onde Ele vai estar, estejamos nós também. Nós – os que não experimentamos a morte – e todos os fiéis que ressuscitaram neste mesmo Dia.

Eis, diante do Redentor, a grande multidão de salvos. Que alegria! Que eterna alegria!

Todas as dificuldades que passamos não significarão nada quando estivermos frente a frente com o nosso Salvador. Majestoso será o momento em que Cristo nos apresenta ao Pai. E inesquecível será ouvir o Pai falando: “Vocês são os Meus filhos amados, em quem Me comprazo”.

Irmãos, as profecias bíblicas são verdadeiras. Fiel é Aquele que abriu a cortina do futuro para nós. Ele é digno de nossa total confiança. Vale a pena entregar nossa vida a Ele.

Esperança” – “Espere” – Jesus em breve virá.

[Hoje é 24 de junho. Leia uma Meditação Matinal de Ellen White – clique aqui]

Terça – O milênio na Terra.

No Dia da volta de Jesus, a Bíblia ensina que os salvos subirão com Ele para o Céu. Mas, os perdidos, todos eles ficarão mortos aqui na Terra. Vivos, aqui, só o inimigo e seus anjos. Será um período de mil anos – o milênio.

Irmãos, tendo os anjos de Deus largado os quatro ventos um pouco antes da vinda de Cristo, e tendo o Espírito Santo Se retirado dos ímpios, vocês imaginam como ficará a Terra? Vocês fazem ideia do que vai sobrar depois da manifestação da segunda vinda de Jesus? Aqui ficará o caos, o abismo, a desolação.

Pois então! Assim estará a Terra durante mil anos. E, nela, somente o inimigo e seus anjos. Matutando. Pensando nas besteiras que fizeram. Sem ter a quem tentar. Colocando as diferenças entre eles em dia. (Quanta discussão vai ter!). E mostrando para o Universo como teria sido o mundo se Deus não tivesse colocado inimizade entre nós e ele. Como teria sido o mundo se o Espírito Santo não tivesse restringido o poder das trevas.

Irmãos, a Terra no milênio estará do jeitinho que teria sido se o governo do inimigo tivesse prevalecido. Exatamente!

Na Meditação Matinal de 4 de abril de 1968, está escrito que os anjos de Deus “guardam-nos de males temporais, e põem em fuga os poderes das trevas, do contrário seríamos destruídos”. E arremata com estas palavras: “Se Satanás pudesse agir livremente e executasse seus desígnios, por toda parte se veria destruição(Nos Lugares Celestiais, pág. 101).

Graças a Deus, não fomos abandonados. Graças a Deus, não fomos deixados como brinquedo nas mãos do inimigo. Graças a Deus, Ele trabalhou para a nossa salvação. Louvado seja Deus!

[Hoje é 25 de junho. Leia uma Meditação Matinal de Ellen White – clique aqui]

Quarta – Juízo no milênio.

Durante o milênio, lá no Céu, os salvos participarão da segunda fase do Juízo.

A primeira fase é a que estamos vivendo agora, desde 1844: o Juízo Investigativo. Conforme aprendemos vendo o Santuário terrestre (que é cópia do celestial), o Juízo Investigativo trata somente do caso dos pecadores “arrependidos” – os pecadores que levaram seus casos para o Santuário – os pecadores que pediram perdão. Felizes os que estão sendo julgados nessa primeira fase! (Esse Juízo também é chamado de Dia da Expiação, ou Yom Kippur [Dia do Perdão]).

A segunda fase é a do milênio: o Juízo Verificativo. No Céu, os salvos estarão verificando a razão dos perdidos terem permanecido perdidos. E a razão é simples: recusaram ser salvos. O Espírito Santo trabalhou tanto com eles, mas eles não se arrependeram e não pediram perdão. E, assim, morreram condenados em seus delitos e pecados.

Irmãos, em ambas as fases, o veredito sobre o caráter de Deus será absolutamente o mesmo: “Deus é Justo”. Justo por levar os perdoados para o Céu, e Justo por não levar os não perdoados.

E, então, terminado o milênio, vem a terceira e última fase do juízo: o Juízo Final. Vem para a Terra todos os moradores do Céu: a Trindade, os anjos, e a multidão dos salvos. Mas, antes da Cidade Santa encostar na Terra, todos os ímpios ressuscitarão; e eles, juntando-se ao inimigo e seus anjos, tentarão pela última vez tomar conta do que pertence só e unicamente a Deus. Haverá uma última batalha. E será em vão.

Nesse instante será declarado o Juízo Final. A sentença será proferida. E os ímpios, e o inimigo e seus anjos, todos eles vão declarar: “Deus é Justo”. Justo por dar a vida eterna aos perdoados, e Justo por não dar a vida eterna aos que não aceitaram ser perdoados. E a Terra será purificada, e renovada, passando a ser o Trono de Deus.

Irmãos, lembrem-se: “Deus não tem prazer na morte do ímpio”. Eles vão morrer, mas tudo foi feito para que esse momento não existisse. Deus não tem prazer algum na morte de nenhum ímpio. Não agiu para que isso ocorresse. Isso é estranho para Deus.

[Hoje é 26 de junho. Leia uma Meditação Matinal de Ellen White – clique aqui]

Quinta – Duas eternidades.

Romanos 1:18 diz assim:Porque do Céu se manifesta a ira de Deus sobre toda impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em justiça”.

O que o Comentário Bíblico Adventista tem a dizer sobre esse verso? Vejamos:

A ira de Deus. Ou seja, o desagrado divino contra o pecado, resultando, em última análise, no abandono da pessoa ao juízo da morte (Romanos 6:23 e João 3:36) [“Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna” – “Aquele que crê no Filho tem a vida eterna, mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece”]. A ira do Deus infinito não pode ser comparada à paixão humana. “Deus é amor” (1João 4:8) e, embora odeie o pecado, “Ele ama o pecador” [1]. No entanto, Deus não força Seu amor sobre aqueles que não estão dispostos a receber Sua misericórdia [2]. Assim, a ira de Deus contra o pecado é exercida quando Ele retira Sua presença (e Seu poder de dar vida) daqueles que optam por permanecer no pecado e, consequentemente, colhem seus inevitáveis resultados (Gênesis 6:3) [“Então, disse o Senhor: ‘Não contenderá o Meu Espírito para sempre com o homem’”] [3].

Isso é ilustrado pela terrível experiência dos judeus após haverem rejeitado a Cristo. Desde que se firmaram em sua impenitência obstinada e recusaram as últimas ofertas de misericórdia, “afastou Deus então deles a proteção, retirando o poder com que restringia a Satanás e seus anjos, de maneira que a nação ficou sob o controle do chefe que haviam escolhido” [4].

Quando a ira de Deus contra o pecado caiu sobre Cristo como nosso Substituto, foi a separação de Seu Pai que Lhe causou tão grande angústia. “Para escapar a essa agonia, não deve exercer Seu poder divino. Como homem, cumpre-Lhe sofrer as consequências do pecado do homem. Como homem, deve suportar a ira divina contra a transgressão” [5]. Finalmente, na cruz, “a ira de Deus contra o pecado, a terrível manifestação de Seu desagrado por causa da iniquidade, encheram de consternação a alma de Seu Filho… O afastamento do semblante divino, do Salvador, nessa hora de suprema angústia, penetrou-Lhe o coração com uma dor que nunca poderá ser bem compreendida pelo homem” [6].

Assim, como Paulo explica em Romanos 1:24, 26 e 28 [“Pelo que também Deus os entregou às concupiscências do seu coração, à imundícia, para desonrarem o seu corpo entre si Pelo que Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza , como eles se não importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convém”], Deus revela Sua ira fazendo cair sobre os impenitentes os resultados inevitáveis de sua rebelião. Essa resistência persistente ao amor e à misericórdia de Deus culminará na revelação final da ira de Deus no dia em que, finalmente, o Espírito de Deus for retirado. Desabrigados da divina graça, os ímpios não terão proteção contra o maligno. “Ao cessarem os anjos de Deus de conter os ventos impetuosos das paixões humanas, ficarão às soltas todos os elementos de contenda” [7]. Então, descerá fogo do céu, da parte de Deus, e pecado e pecadores são destruídos para sempre (Apocalipse 20:9; Malaquias 4:1; 2Pedro 3:10) [“E subiram sobre a largura da terra e cercaram o arraial dos santos e a cidade amada; mas desceu fogo do céu e os devorou” – “Porque eis que aquele dia vem ardendo como forno; todos os soberbos e todos os que cometem impiedade serão como a palha; e o dia que está para vir os abrasará, diz o Senhor dos Exércitos, de sorte que lhes não deixará nem raiz nem ramo” – “Mas o Dia do Senhor virá como ladrão de noite, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela há se queimarão”].

Todavia, nem mesmo essa revelação final da ira de Deus na destruição dos ímpios será um ato arbitrário de poder. “Deus é a fonte da vida; e quando alguém escolhe o serviço do pecado, separa-se de Deus, desligando-se assim da vida” [8] (Efésios 4:18; Provérbios 8:36) [“Separado da vida de Deus” – “Todos os que Me aborrecem amam a morte”]. Deus dá às pessoas um tempo de existência, tempo para que desenvolvam seu caráter. Quando isso está feito, elas recebem os resultados de sua própria escolha. “Por uma vida de rebelião, Satanás e todos quantos a ele se unem colocam-se em tanta desarmonia com Deus, que Sua própria presença lhes é um fogo consumidor. A glória dAquele que é amor os destruirá” [9]. “O poder e autoridade do governo divino serão empregados para abater a rebelião; contudo, todas as manifestações de justiça retribuidora serão perfeitamente coerentes com o caráter de Deus, como um ser misericordioso, longânimo e benévolo” [10]. (Comentário Bíblico Adventista, vol. 6, págs. 520 e 521, referente Romanos 1:18). 

Referências:
[1] “Ele odeia o pecado mas ama o pecador, e deu-Se a Si mesmo na pessoa de Cristo, a fim de que todos os que quisessem pudessem ser salvos e desfrutar a bem-aventurança eterna no reino da glória” (Caminho a Cristo, pág. 54).
[2] O Desejado de Todas as Nações, págs. 22, 466 e 759.
[3] O Desejado de Todas as Nações, págs. 107, 763 e 764; Caminho a Cristo, págs. 17 e 18.
[4] O Grande Conflito, pág. 28, capítulo 1 – “Predito o destino do mundo”.
[5] O Desejado de Todas as Nações, pág. 686, capítulo 74 – “Getsêmani”.
[6] O Desejado de Todas as Nações, pág. 753, capítulo 78 – “O Calvário”.
[7] O Grande Conflito, pág. 614, capítulo 39 – “Aproxima-se o tempo de angústia”.
[8] e [9] O Desejado de Todas as Nações, pág. 764, capítulo 79 – “Está consumado”.
[10] O Grande Conflito, pág. 541, capítulo 33 – “É o homem imortal?”

[Hoje é 27 de junho. Leia uma Meditação Matinal de Ellen White – clique aqui]

Sexta – Conclusão.

Irmãos, sou agradecido a Deus por vocês terem me acompanhado aqui no Ligado na Videira. Deus os abençoe em família e na comunhão com a igreja local. É muito bom estudar a Bíblia com vocês.

Deus nos abençoe.

Carlos Bitencourt/Ligado na Videira

[Hoje é 28 de junho. Leia uma Meditação Matinal de Ellen White – clique aqui]

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